Estudo analisa o futuro da filantropia no Brasil e no mundo

O Instituto Beja, em parceria com a Oxygen, realizou a pesquisa “Tendências para a Filantropia: um olhar para o futuro”; segundo estudo, 58% das famílias afirmaram que as gerações mais novas estão ativamente engajadas na cultura de doação.

O Instituto Beja realiza um projeto chamado “Filantropando”, que consiste em estudos e pesquisas que analisam a situação da filantropia do Brasil e o perfil dos indivíduos que vêm colaborando com essa cultura. Em abril de 2023 ocorreu o lançamento do primeiro estudo, “O Futuro da Filantropia no Brasil”, que foi produzido a partir de diversas entrevistas com filantropos brasileiros e especialistas que atuam com o terceiro setor. 

A segunda parte da pesquisa foi lançada em novembro, nomeada como “Tendências da Filantropia: Um Olhar para o Futuro”, e reuniu um grupo multidisciplinar de curadores, jornalistas e estrategistas para trazer histórias e ideias da filantropia para o Brasil e para o mundo. O estudo foi realizado entre julho e outubro de 2023 e contou com 22 entrevistados e diversas análises de estudos e pesquisas sobre o setor filantrópico.

De acordo as análises, 36% do total de doações individuais ao redor do mundo foram realizadas por multimilionários, sendo que a média de valor doado por cada um é de 590 mil dólares americanos. Atualmente, a tecnologia é um dos setores que mais gera super-ricos, o que representa que o perfil desses milionários está ficando mais jovem e mais inovador.

A pesquisa “Filantrpando” aponta esse fenômeno do novo perfil de doadores do mundo da tecnologia, uma das grandes transformações do universo filantrópico. Os dois maiores doadores dos Estados Unidos, por exemplo, são o Elon Musk e o Bill Gates, figuras públicas que costumam estar sob os holofotes sociais, aumentando a pressão por parte da população dos super ricos usarem sua fortuna para mudanças socioambientais.

Outra análise importante é a relação da filantropia com a nova geração e com os jovens. Segundo o estudo, 74% dos millennials (pessoas nascidas entre a década de 80 e os anos 2000) se consideram filantropos, por outro lado, apenas 35% dos baby boomers (aqueles que nasceram entre 1945 e 1965) se autointitulam da mesma forma. Os dados também apontam que 90% dos jovens são motivados a realizarem doações em prol de causas e missões, e não pelas organizações em si.

A pesquisa traz uma análise de diferentes âmbitos da filantropia, trazendo um panorama cuidadoso do setor no Brasil e do seu impacto na sociedade. 

Instituto Beja é uma organização social fundada no final de 2021 com o objetivo de apoiar projetos do terceiro setor e fortalecer uma filantropia colaborativa para a educação infantil, equidade de gênero e geração de renda para pessoas com mais de 50 anos. Além de apoiar as iniciativas das organizações sem fins lucrativos, o Instituto Beja realiza estudos que analisam a filantropia brasileira e a estrutura do terceiro setor.

A pesquisa “Tendências Para a Filantropia: Um Olhar para o Futuro” está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostas pela Agenda ONU 2030, uma vez que a filantropia conversa com todos os ODS e com o caminho para uma sociedade mais sustentável e igualitária. 

Fonte: observatorio3setor.org.br

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