Após lançar no ano passado a websérie e jogo para celular Reset Earth, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) agora divulga uma plataforma com recursos didáticos para que professores e alunos possam explorar melhor o enredo da animação.
O Reset Earth conta a história de três adolescentes vivendo em 2084 e lutando para frear o avanço de uma doença fatal, cuja origem está conectada à deterioração da camada de ozônio.
A primeira fase de divulgação destes conteúdos foca no público pré-adolescente, entre 8 e 12 anos, oferecendo planos de aula, planilha de lições, livro de histórias e recursos audiovisuais extras que reforçam a mensagem discutida no jogo e nos episódios do curta-metragem animado.
O Secretariado de Ozônio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) está usando técnicas de animação e gamificação para produzir materiais didáticos inovadores sobre sensibilização e proteção ambiental. Estes materiais serão usados para desenvolver planos de aula e apostilas para estudantes.
Visando o público pré-adolescente (de 8 a 12 anos), o Secretariado – cuja sede é em Nairóbi (Quênia) -, lançou uma plataforma de educação que explora atividades referentes ao Reset Earth, uma websérie e jogo para celular lançados em 2021 pelo PNUMA.
O Reset Earth tem como enredo a história de Knox, Terran e Sagan, três adolescentes vivendo no ano 2084 e que são confrontados por uma doença batizada de GROW, cuja letalidade impede qualquer pessoa de viver muito além dos 25 anos.
Os três embarcam em uma aventura para desvendar a solução para a doença, que está conectada à deterioração da camada de ozônio. O enredo é explorado em três episódios animados, com cerca de oito minutos cada, além do aplicativo para celular desenvolvido usando técnicas de gamificação.
Agora, o Secretariado complementa este material lançando a plataforma com atividades escolares referentes a websérie, além de conteúdo extra, com perguntas e respostas, livro de histórias, planilhas de lições e esboços de planos de aula. Os recursos didáticos estão disponíveis online e gratuitamente (em inglês).
Especificamente projetados para atender à crescente demanda de materiais de aprendizagem virtual inovadores e de qualidade, os kits de recursos também foram adaptados para impressão e os episódios estão disponíveis em formato de quadrinhos para acesso livre.
Primeiros passos – Esta é considerada a primeira fase do kit de recursos, cuja meta é oferecer um trampolim para a ciência ambiental, ajudando a educar, inspirar e sensibilizar os mais jovens para a importância da camada de ozônio, e a necessidade contínua de protegê-la. A segunda fase, planejada para ter como público-alvo adolescentes, está em desenvolvimento e será lançada em breve.
“Não posso enfatizar suficientemente a importância da proteção contínua da camada de ozônio e a história do Protocolo de Montreal neste momento de crise climática aguda”, disse a secretária executiva do Secretariado do Ozônio, Meg Seki. “É uma história de esperança para nossa geração mais jovem. É também um lembrete a todos nós para lutar pela cooperação e parceria globais a fim de construir e implementar políticas ambientais globais baseadas na ciência”.
Esperança- A camada de ozônio é um escudo invisível localizado entre 15 e 35 quilômetros acima da superfície da Terra, na estratosfera. Ela é responsável pela proteção de seres humanos, animais, plantas e ecossistemas vitais contra a radiação UV prejudicial.
Nos anos 80, cientistas descobriram um enorme buraco na camada de ozônio, causado pelas emissões de clorofluorcarbono (CFC). Esse produto químico fabricado pela humanidade foi utilizado em muitos produtos – latas de aerossóis, geladeiras, ares-condicionados, espumas isolantes, extintores de incêndio, solventes e muitos outros.
Alertados por cientistas, lideranças mundiais e formuladores de políticas trabalharam juntos, tomando medidas urgentes para controlar e eliminar gradualmente os CFCs e outras substâncias que danificam a camada de ozônio no mundo todo. O Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio foi adotado em 1987.
Desde então, foi aprovado universalmente por 197 nações e pela União Europeia, tornando-o um dos tratados ambientais mais bem-sucedidos de todos os tempos. A eliminação gradual das substâncias que destroem a camada de ozônio também contribuiu significativamente para conter a mudança climática, porque essas substâncias são gases de efeito estufa altamente potentes.
No entanto, a restauração da camada de ozônio danificada e seu retorno aos níveis pré-1980 levará décadas. Isso exigirá vigilância e proteção constantes por parte da comunidade do Protocolo de Montreal e das gerações futuras. Os desafios ambientais que a próxima geração de jovens enfrenta serão muitos. Mas a história da camada de ozônio e a colaboração global para protegê-la, é uma história de esperança. O Protocolo de Montreal é um lembrete de que quando o mundo se reúne em cooperação e parceria, guiado pela ciência, a humanidade pode resolver grandes crises globais.
Fonte: brasil.un.org
